domingo, 31 de maio de 2009

A PALAVRA DE DEUS NA OBRA

IGREJA CRISTÃ MARANATA - PES

A PALAVRA DE DEUS NA OBRA

Qual é a finalidade da Palavra?

II Timóteo 3:16 - “Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.

O que é redargüir?

Redargüir é replicar corrigindo, instruindo, ensinando. Alguém vai consultar ao Senhor, por exemplo, sobre alguma falha de um irmão e o Senhor responde corrigindo a vida daquele que o consultou e, às vezes Ele responde assim: “Tu não devias olhar para a desgraça do teu irmão”.

Um irmão não gostou de certa atitude de uma irmã, ele achou que ela estava errada e ficou todo animado para ir falar com a irmã sobre aquela falha dela. Felizmente ele consultou antes ao Senhor porque quando ele abriu a Palavra o Senhor falou o seguinte: “Por que afligis a esta mulher? Ela fez uma boa ação”.
O irmão ficou envergonhado. O Senhor o corrigiu na resposta, ele foi perguntar sobre a irmã e a resposta do Senhor foi a respeito dele mesmo.
Eu, sinceramente, não sou muito feliz nas consultas porque, toda a vez que eu vou consultar a primeira coisa que vem é uma pancada.
Nos últimos dias aconteceu uma coisa interessante, a irmã responsável pela cozinha do Maanain adoeceu e foi substituída por outra irmã. A irmã substituta quis mudar o tipo de alimentação que estava sendo utilizado, mas alguns irmãos que já estavam acostumados com o cardápio anterior disseram: “Não é prudente a irmã fazer essa mudança na alimentação porque pode causar problema”.

A irmã disse: “Se a questão é essa, nós vamos consultar ao Senhor”.

E foi colocada a questão diante do Senhor, se era para substituir uma refeição à base de carne por outra à base de legumes. Eles consultaram e quando aquele irmão que levantou a questão abriu a Palavra, o Senhor mostrava aquele texto de Daniel 1:12 - “Experimenta, peço-te, os teus servos dez dias, fazendo que se nos dêem legumes a comer...”.




“Toda a Escritura divinamente inspirada...”

Vê-se, então, que não é letra. A letra tem um valor para a razão, mas aquele que está na presença do Senhor, aquele que quer ouvir a voz do Senhor, aquele que não está atrás de cultura bíblica, quando ele abre a Palavra, ele sabe que Deus pode lhe falar ali, naquele instante e que tudo o que Deus lhe falar ali será uma orientação, um ensino, uma correção, uma instrução para a sua vida.

A Palavra é viva quando a experiência é pessoal.

Quando nós falamos sobre a consulta à Palavra, quando nós consultamos ao Senhor através da Palavra, nós não estamos transmitindo uma doutrina da Igreja Cristã Maranata, mas nós estamos falando de uma Palavra viva que fala diretamente ao coração do homem, fazendo a separação daquilo que é carnal e do que é espiritual, ela é capaz de fazer a separação do homem carnal e do homem espiritual.
Quando a Palavra viva entra, ela separa aquilo que é material, aquilo que é do ser humano, daquilo que é espiritual.

Deve-se consultar ao Senhor sobre tudo?

A Palavra pode dar ao homem toda a instrução que ele precisa para aquilo que é útil na sua vida.
Aí você pergunta: “Eu devo consultar sobre tudo?”.
Você precisa consultar sobre tudo o que for útil para a sua vida. Por exemplo, se você precisa de uma televisão, se ela é útil para a sua vida, se os programas que ela apresenta são úteis para a sua vida, então a consulta é válida, é bom que você consulte sobre isso, mas se não for útil, não precisa consultar, compra a televisão e consulta somente sobre os programas que serão assistidos.
Tem irmãos que perguntam se televisão é pecado, nós dizemos que não. Aí perguntam: “Pastor, e aquela TV pequenininha?”.
E eu respondo: “A raposinha? Essa não faz mal a ninguém, mas lá no livro de Cantares diz que as raposinhas destroem as flores do vinhedo.
Nós perseguimos muito o pecado grande para acabar com ele; se passar uma raposa grande por aqui, vai todo o mundo correndo atrás dela para matá-la, mas se passar um bando de raposinhas, todo o mundo vai pegar no colo para levá-las para casa, vai virar bichinho de estimação. São umas coisinhas lindinhas, mas são elas devastam o vinhedo.

A raposa grande devora a uva e a raposinha devora a flor, não deixa nem que venha a uva. Qual é a pior? Eu acho que é a que tira a flor porque quando já se tem a uva, vigia-se mais, ninguém vai permitir que a raposa leve a uva.
É uma experiência pessoal e a Palavra está apta para isso.
Nós sempre estamos querendo consultar ao Senhor para tudo e, às vezes, não esperamos pela resposta, o nosso tempo está muito curto. Eu pergunto ao Senhor: “Senhor, eu devo fazer esta viagem?”, mas a passagem já está comprada, a mala pronta, o carro ligado. Está dispensado, não precisa consultar, pode ir.

A Palavra não é um livro de adivinhação.

Nós temos essa Palavra em nossas mãos como um recurso e ela é, na verdade, um milagre para nós, se ela não for um milagre na sua vida, não a use para consultar, se não há milagres na sua vida, não vá fazer adivinhação, a Palavra não é um livro de adivinhação

A consulta é para toda boa obra.

A consulta que nós fazemos ao Senhor é para toda boa obra.
Essa palavra é viva e nós vamos ver os resultados, os benefícios dessa consulta na nossa experiência, uma vida inteira de consultas sobre todas as coisas que são do interesse desta Obra e sobre o nosso caminhar.
Às vezes nós tomamos uma deliberação que pode trazer prejuízos para a nossa vida espiritual e, nesse caso, é bom consultar. Quando sentimos que pode haver prejuízo para a nossa vida espiritual, nós devemos consultar isso é o mais importante. Se o prejuízo for para a vida material, não precisa consultar, deixa vir o prejuízo.
Às vezes nós consultamos apenas para o material e quando isso nos acontece podemos errar. Por quê?
A Palavra diz que se o homem consulta ao Senhor segundo o desejo do seu coração, Ele responderá segundo os ídolos que estão naquele coração. Se o homem foi enganado, ele foi enganado por aquilo que estava em seu coração.

A consulta à Palavra é um meio de comunhão.

A consulta à Palavra é um meio de comunhão, é um meio de identificação com o Senhor e quando isso acontece os benefícios são grandes.

As primeiras experiências que nós tivemos com a consulta à Palavra não foram relativos a questões materiais, as grandes revelações que o Senhor nos deu na Palavra foram para necessidades espirituais.
Nós éramos um grupo de oito pessoas, de uma igreja tradicional (Presbiteriana), e nós costumávamos orar na beira da praia. Nós não tínhamos, ainda, uma experiência com o Senhor.

Depois de certo tempo de oração, nós fomos chamados pela direção da igreja, eles queriam saber qual era a nossa posição, queriam saber por que nós orávamos tanto, eles não viam necessidade disto, disseram que isso poderia causar-nos dificuldade, que podia trazer graves problemas para nós.
Nós dissemos ao pastor: “Só pode haver dificuldade para quem não está orando, nós estamos até orando pouco”.
Ele respondeu: “Misericórdia! Meu irmão, vocês estão orando demais”.
Chegou o dia de decidir. Eu estava animado para tomar uma decisão, os outros já estavam decididos e eu pensava que eu era o que estava mais decidido. Chamaram-me para uma reunião e perguntaram-me: “Qual é a sua posição? Você vai ficar aí?” e eu fiquei sem saber o que responder e disse: “Vocês podem esperar que eu vou dar a minha resposta tal dia”.
Eles responderam: “Não, você vai dar a resposta logo, não temos que esperar nada.”
Tínhamos marcado um jejum para aqueles dias. Não era um jejum para dieta não, desses até 9:00 horas. Aqueles jejuns eram prolongados, setenta e duas horas sem comer e sem beber.
Eu disse: Vamos consultar ao Senhor e o texto dado foi do livro de Ezequiel que diz: “A época é de grandes chuvas. Saí, porque Eu tenho uma grande obra para fazer”.
Eu não tive mais dúvida nenhuma, estava decidido.
Todas as vezes que nós tínhamos alguma dificuldade no nosso meio e consultávamos, o Senhor nos falava naquele texto de Jeremias 22:10 que diz: “Não choreis o morto, nem o lastimeis; chorai abundantemente aquele que sai porque nunca mais tornará, nem verá a terra onde nasceu”.
Daí a um pouco nós víamos a confirmação daquela revelação, daquela palavra que o Senhor nos deu: “Olha, Fulano saiu da Obra”.
Interessante, saiu de uma Obra que ele não chegou a conhecer.
Nós também não conhecíamos, nós estamos conhecendo à medida que o Senhor está revelando, nós não tínhamos nenhum entendimento de Obra.
O Senhor colocou isso como norma: “Aquele que sai, nunca mais tornará”.
Eram companheiros que estavam ali conosco, mas a Palavra falava com toda a clareza e não tínhamos mais dúvida. Não era com a morte física que o Senhor estava preocupado, mas era com a morte espiritual.
Nós queríamos tomar uma decisão e o Senhor nos falava num texto muito interessante: “Não sereis como as demais nações porque com mão forte e com indignação Eu hei de reinar sobre vós”.
E hoje eu ri aqui por causa de uma visão onde o Senhor mostrava que o anjo dava pancadas nas estacas de prata e esperava. Isso me fez lembrar daquelas pancadas que nós levávamos. A cada pancada do bordão de Deus há vozes, há juízos, há tamborins. Havia alegria, glorificação naquilo que estávamos fazendo, mas havia juízo também, muita luta.
E nós entendemos que se o Senhor não tivesse feito daquela forma, nós estaríamos como os outros, igualzinho, porque nós não queríamos Obra, nós queríamos era Movimento; levanta a mão, bate palmas, animação, cai no chão, gritos, digam comigo: “Jesus me ama” (eu achava isso o máximo, eu achava que fazendo aquilo estava tudo resolvido), “Eu amo Jesus!” e eu era o mais entusiasmado. E o grupo: “Amém, irmãos?”. Eu gostava de animação e ainda gosto, o Senhor é quem não gosta e eu, tristemente, entendi isso.
O Movimento não tem compromisso e nós nunca teríamos o conhecimento profundo da Palavra, aquilo que o Senhor queria para nós como mensagem.
Quando dissemos “para nós” é para todos os fiéis, é mensagem para o corpo para a Obra. O mundo, a religião ainda não entendeu a mensagem sobre o corpo, ele fala disso, mas não vive isso.
Você coloca os dons dentro de uma comunidade e vai ver a confusão que isso vai dar e tudo porque não há corpo, porque não há ministério, o que vem da cabeça não é vivido pelo corpo, não há essa relação cabeça e corpo.
O corpo vive daquilo que vem da cabeça, isso é vida e vida é revelação, ela vem da cabeça, não vem da cabeça de A, B ou C. Alias, no colégio aprendemos o ABC, mas na Obra aprendemos o OBDC.

A consulta ao Senhor é algo novo?

Não, a consulta ao Senhor existe desde o Velho Testamento.
O rei Davi sempre consultou ao Senhor.
Em II Samuel 2:1, por exemplo, nós lemos que Davi consultou ao Senhor para saber dele que caminho tomar: “Subirei a alguma das cidades de Judá” e o Senhor disse: “Sobe” e ele perguntou: “Para onde subirei?” e o Senhor respondeu-lhe: “Para Hebrom” e ali os homens de Judá ungiram a Davi rei sobre a casa de Judá”.
Ele foi para o lugar certo porque teve a orientação do Senhor.
O Senhor dizia como, onde e quando, não tinha como errar.
Quando nós consultamos ao Senhor, nós passamos a ser dependentes do Senhor, nós passamos a colocar a nossa vontade e o nosso tempo à disposição do Senhor, nos tornamos submissos ao Senhor.
As revelações básicas que nos orientaram como Obra, foram em função de revelações e consultas ao Senhor. Consultávamos ao Senhor sobre uma determinada necessidade e Ele respondia conforme a sua vontade e isso fortaleceu a Obra. Todas as doutrinas desta Obra foram colocadas diante do Senhor.

Qual é o segredo das mensagens?

O Verbo está vivo, é a Palavra viva: “O Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua glória”.
Onde está a vida na Palavra? Onde está a ação?

Está no Verbo. Este é o segredo das mensagens. Você abre a Palavra em qualquer lugar do Velho Testamento ou do Novo Testamento e ali você encontra o Verbo, Ele está presente, sempre esteve, mesmo antes de tudo existir porque é Ele quem cria, é Ele quem dá e tira a vida, é Ele quem salva, é Ele quem batiza com o Espírito Santo, Ele concede os dons espirituais, Ele dá a vida eterna. Então, se Ele é quem tudo pode, por que não poderia dirigir a nossa vida?
Não estamos impondo doutrina, estamos falando de uma experiência que é um mistério. Nós não vamos difundir esse mistério para o mundo, chegar na televisão: “Olha, abram a Bíblia aí que o Jesus vai falar”, não é isso, nós estamos falando para o fiel, para aquele que tem entendimento de Obra.

Preparar-se para fazer a consulta ao Senhor.

Isso é um segredo.
Eu estou precisando que o Senhor fale, é uma necessidade minha. Eu tenho que preparar-me.
Eu, de vez em quando, ia consultar ao Senhor na afobação, eu queria que Ele respondesse logo e eu ficava aborrecido. Quando eu abria a Palavra o texto que o Senhor mostrava era logo aquele de Jonas 4:4: “É razoável esse teu ressentimento?”, como quem diz: “Tem sentido esse ódio contra mim? Há razão para esse ódio?”.

Preparar-se para a resposta do Senhor.

O que o Senhor fala é o certo, é o justo e é o verdadeiro, mas, às vezes, o que Ele quer não é o que nós queremos.
É muito comum o jovem consultar ao Senhor a respeito da sua vida afetiva, ele quer namorar.
Quer namorar? Não precisa consultar se não servir, manda embora, é mais fácil, não precisa perder tempo, não coloca o Senhor nessa confusão.
Se não é servo (a) não precisa consultar.

O segredo da resposta está na fé.

A consulta é uma vida de oração. O segredo da resposta está na fé. Quando você consulta ao Senhor com o coração inteiro, Ele confirma o seu entendimento.
Você consultou para uma determinada coisa, aquilo que é sua necessidade, o Senhor tem interesse naquele negócio, você abriu a Palavra, o Senhor fala e você entende que é a resposta do Senhor.
Como o Senhor está no seu coração, na sua vida, Ele honra a sua posição, esse é o segredo da Palavra, é algo maravilhoso, um mistério indescritível.

É muito difícil você trazer uma palavra deste tipo para pessoas que não têm discernimento, não têm dons, que não têm revelação, que não crêem em nada. Como vão consultar a Deus se não crêem nele? Eles vão abrir a Palavra e não vão encontrar nenhuma resposta de Deus.
O irmão creu? Entendeu? Está no domínio do Senhor para a sua vida? Então Deus abençoa. O grande perigo é consultar sem comunhão, é consultar segundo o coração. Por esta razão que sempre antes de consultar nós devemos fazer o clamor, clamar pelo sangue de Jesus, para que tenhamos comunhão com Deus na hora da consulta.

A primeira experiência que eu tive com a consulta á Palavra foi quando o Senhor me falou, em sonho, da grande dificuldade em que eu me encontrava diante dele, era uma situação irreversível. Eu me via morto e enterrado, ali eu tive a noção da eternidade sem Deus. Eu sabia que não ia para a eternidade, eu estava sozinho, o que havia em volta era a escuridão e um silêncio que doía.
Acordei naquela madruga com a sensação de ter vivido aquilo, não era como um sonho parecia bem real. Fiquei desesperado, não sabia o que fazer. Não sei porque, mas quis abrir a Bíblia, eu não tinha noção ainda da Palavra, do conhecimento da Palavra.
Afastei-me do quarto, eu estava desesperado. Abri a Palavra e o Senhor falou comigo em um texto de Jeremias que diz: “Levanta-te e clama, no princípio das vigílias, derrama o teu coração como água, pela vida dos filhinhos que desfalecem nas entradas das ruas. Vê e considera isto”.
Eu já estava chorando como nunca havia chorado.
O tempo passou. Quando o Senhor me chamou para o ministério desta Obra eu quis correr, eu quis sair do compromisso e eu disse ao Senhor: “Olha, Senhor, eu tenho pouca coisa, mas o que eu tenho, eu dou, mas não me põe nisso não, me dispensa disso”.
Depois de jejuar, vinte e quatro horas, quarenta e oito horas, a carne foi morrendo e aí então eu abri a Palavra e o texto foi: “Vê e considera isto” e eu lembrei-me do sonho e do lugar para onde eu ia e então eu disse ao Senhor: “Eu vou. Não quero ir para aquele lugar não”.

A Palavra traz: gozo, renovo, libertação e saúde.

No final do ano eu estava doente, fiquei uns três meses sem voz e a minha esposa dizia para que eu fosse ao médico.
Eu já tinha conversado com o Senhor, já tinha dito a Ele que eu não gosto de ir ao médico e pedi que me curasse. Abri a Palavra e o Senhor me disse: “Estás curado da tua enfermidade, estás são”. Esperei apenas mais dois meses, mas a esposa me botava tanto medo que eu ficava tenso, mas eu me lembrava daquela palavra e cria no Senhor, entre a palavra dela e a do Senhor, fico com a do Senhor. No outro dia ela voltava à carga.
Quando eu fiquei curado eu disse a ela porque não tinha ido ao médico. Tem que se ter fé, comunhão para consultar ao Senhor através da Palavra.

Conclusão

Amados, jamais vamos encontrar tantas experiências gloriosas como estas, a não ser na Obra. Em nenhum outro grupo encontramos Deus se revelando através da consulta à Palavra, de fato esta doutrina que nos foi revelada pelo Senhor é grandiosa e especial.




MARANATA JESUS BREVE VEM!

Um comentário:

  1. Como disse o apóstolo, se alguém pregar um evangelho diferente do que foi anunciado pela Igreja Primitiva, seja anátema. Isso inclui todas as doutrinas adotadas por qualquer igreja que se diz cristã. A Igreja Primitiva é o padrão de conformidade com o evangelho original.
    Partindo desse pressuposto, que seja anátema a consulta a Palavra.
    Em primeiro lugar, não há nenhum registro dessa prática pela Igreja Primitiva no Novo Testamento. Além disso, seria impossível fazer consulta em rolos e mais rolos de papiros, pois os textos não estavam divididos em capítulos e versículos.
    Se o Senhor Jesus não ensinou nem praticou e os apóstolos também não, que a consulta a Palavra seja anátema!!!
    E se esta consulta serve para confirmar que alguem foi batizado no Espírito Santo ou não?
    Alguém leu no livro de Atos que no dia de Pentecostes os discípulos consultaram pra saber se eram batizados ou não? Não, as evidências eram explícitas. E em Samaria, quando Pedro e João impuseram as mãos e os discípulos foram cheios do Espírito Santo, houve consulta? Claro que não, havia um nexo de causalidade direto entre impor as mãos e receber o batismo no Espirito Santo a ponto de Simão perceber claramente e desejar esse poder; e na casa de Cornélio, houve consulta posterior? Também não, eles falaram em línguas e magnificavam a Deus. E por fim, nos discípulos de Éfeso, houve consulta? Não, Paulo impôs as mãos, veio sobre eles o espírito Santo, e falaram em línguas e profetizavam. Então o que aparece como padrão em 3 dos 4 relatos de batismo no Espírito Santo é o falar em línguas e nada se diz sobre essa ficção de "consulta a Palavra" para determinar se houve ou não o batismo. Será que os irmãos pentecostais não estarão corretos e nós acreditando em tradições engenhosamente elaboradas por homens?
    Que seja anátema a consulta à Palavra para confirmar o batismo com o Espírito Santo.
    E, por fim, a consulta a Palavra é a forma que a Igreja deve verificar a veracidade ou não dos dons ou não?
    Em qual ensino apostólico existe tal aberração doutrinária? Em lugar algum. Paulo quando enumera alguns dons na carta aos Coríntios, ele cita o de discernimento de espíritos. Este é o meio utilizado pela Igreja Primitiva para identificar se uma mensagem é de Deus, do inimigo, ou produzida pelo próprio homem. Paulo usou o dom quando, em Filipos, se encontrou com uma jovem que tinha um espírito de advinhação e que dava muito lucros aos seus proprietários. Ele não consultou a Palavra, mesmo ela dizendo que eles eram servos do Deus Altíssimo, Paulo apenas ordenou que o espírito saísse dela; simples para quem exercita a autoridade do nome de Jesus.
    Na carta aos Coríntios, Paulo diz que se houver profecias, falem dois ou três profetas diretamente na Igreja, e não num pré-culto restrito, e os outros julgem. Não fala nada em consultar a Palavra.
    Por tudo isso, que seja anátema a consulta a Palavra, pois é criação recente e não foi ensinado pela Igreja Primitiva.

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