domingo, 31 de maio de 2009

FUNDAMENTOS DA OBRA

FUNDAMENTOS DA OBRA
INTRODUÇÃO
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”.
Hebreus 4.12

A Palavra de Deus não é um livro de simples referência do passado, Ela é vida e nos fala hoje, através de um contexto que envolve vidas e fatos (figuras), que em tudo se identificam com as nossas. A Palavra de Deus nos conduz hoje, agora, no mundo tenebroso de indefinições. “É lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos”. Salmo 119.105
Sendo assim, temos duas vidas, no Antigo Testamento, Saul e Davi, que tipificam duas alas de pessoas que de maneira distintas buscam servir ao Senhor. Porém, as maneiras de obrar se divergem.

· A obra que Saul realizava objetivava servir ao Senhor.
· A obra que Davi realizava tinha o mesmo fim.

Acontece, porém, que Saul terminou os seus dias renegado por Deus, (1 Sm 16.1) atormentado por espíritos malignos, (1 Sm 16.14) angustiado, triste, desesperado, com um final de suicídio. (1 Sm 31.4)
Davi, porém, terminou os seus dias glorificando o Nome de Deus, (2 Sm 22) e transmitindo em meio à glorificação uma mensagem de esperança e conforto para o povo de Israel, (2 Sm 23.1-4) v. 3 “Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus”.
Assim foi sem que Deus pretendesse distinguir Davi de Saul, com privilégios maiores. A vontade de Deus é que todos recebam a Sua bênção completa, (1 Tm 2.4 – Dt 10.17) “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas”. Romanos 2.11
Mas Saul desobedeceu, Davi, porém, era um homem segundo o coração de Deus, (1 Sm 13.14 – Sl 89.20). Davi não era um “Super homem”, era um homem, sujeito a quedas e fraquezas, ele mesmo confessa: “Eu sou pobre e necessitado”. Salmo 40.17 – 34.6 – 51.3.

1 – CONSIDERAÇÕES SOBRE A OBRA DE SAUL

O povo de Israel queria um rei que reinasse sobre ele, (1 Sm 8.5-8) Deus o estava abençoando desde o Egito o havia tirado, mas a exclusiva vontade de Deus sobre ele não estava satisfazendo, queria um rei, (vontade do homem). “Constitui-nos, pois, agora um rei sobre nós, para que ele nos julgue, como o têm todas as nações”.
As desculpas do povo: (1 Sm 8.3-5) Deus permitiu que a vontade do povo fosse realizada, não obstante a expressão do Senhor. (1 Sm 8.7)
1.1 As características do rei escolhido - SAUL

a) Satisfazia os desejos do coração do povo: tinha aparência, se destacava no meio do povo (atraente). (1 Sm 10.23-24)
b) Era modesto. É bom observar que a modéstia de Saul era intempestiva, “é um pecado tão grande insistir na modéstia e permanecer atrás, quando o Senhor chama à frente, como o é, passar à frente quando a vontade de Deus é que se fique atrás”. 1 Samuel 10.22
c) Foi escolhido por Deus. (1 Sm 9.17 – 15.1)
d) Foi usado por Deus. (1 Sm 10.7-10 – 11.6)
e) Obteve muitas vitórias. (1 Sm 11)

1.2 Decadência e morte de Saul

A principal causa da perda da bênção de Saul foi a desobediência.
“E toda a transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição”.
Hebreus 2.2b

a) Desobedeceu ao Senhor. (1 Sm 13.8-23 – 15.1-9) Compare com (Números 3.10 e 38)
b) Depois da desobediência, as razões. (1 Sm 13.11-12 – 15.9-21)
c) O sentimento do Senhor para com Saul, diante de sua desobediência.
(1 Sm 16.1)
d) Consciência pesada, falta de paz, e ausência do Espírito de Deus.
(1 Sm 16.14)
e) Deus parou de falar com Saul por causa da sua desobediência.
(1 Sm 28.6)
f) Saul perdeu a sensibilidade do Espírito.
g) Saul perdeu o discernimento.
h) Misturou-se com a feitiçaria.
(1 Sm 28.7 – Ap 18.23 – 21.8 – 22.15)
i) A obra de Saul termina no Ecumenismo. (Idolatria, feitiçaria, e materialismo).
A obra de Saul se identifica com as religiões, organizações e movimentos que é bem diferente do Evangelho do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. As religiões impedem a verdadeira bênção enquanto o povo desfalece.
As religiões têm um fracasso maior: “Então disse Samuel: Que fizeste? Disse Saul: Porquanto via que o povo se espalhava de mim, e tu não vinhas nos dias aprazados, e os filisteus já se tinham ajuntado em Micmás, Eu disse: Agora descerão os filisteus sobre mim a Gilgal, e ainda à face do SENHOR não orei; e constrangi-me, e ofereci holocausto”. (1 Sm 13.11)
As religiões se lançam em uma luta na carne, enquanto que Davi glorifica o nome do Senhor e anuncia o reinado de um justo. “A vinda do Senhor Jesus, o arrebatamento da Igreja”. O reconhecimento de Jônatas, o filho de Saul. (1 Sm 14.29 – Ct 2.3)
Na religião o Deus que fala, manda, determina, não é muito importante. (1 Sm 15.3) o importante é o que o homem acha no coração. (1 Sm 15.9)

O que Deus quer é que a Sua Obra seja realizada e que o pecado seja destruído, (1 Sm 15.3) o que Saul não fez, para Saul nem tudo precisava ser destruído. (1 Sm 15.9 – Rm 6.14)
“Eu perdoei Agague e ao melhor das ovelhas e das vacas”. (1 Sm 15.14)
Existiam coisas de Amalequita no meio do povo de Deus. O Espírito de Deus não podia operar. A obra de Saul chegou ao fim em visível desagrado á vontade de Deus.
“Sai dela povo meu”. Apocalipse 18.4

2- CONSIDERAÇÕES SOBRA A OBRA DE DAVI

Com a desobediência de Saul, e conseqüentemente desagrado do Senhor Deus, diante da dor e miséria que tomava todos os corações, (1 Sm 17.24) Samuel ordenado por Deus levanta Davi, filho de Jessé, o belemita e unge-o rei de Israel em uma hora decisiva para o povo. (1 Sm 16.1-13)

2.1 – As características de Davi

a) Foi escolhido por Deus e não porque o povo queria como foi no caso de Saul.
(1 Sm 16.12 e 8.5)
b) Não tinha aparência de acordo com o olhar do homem. (1 Sm 17.14) Lembramos da profecia de Isaias sobre Jesus. (Is 53.2)
c) Era o menor dos filhos de Jessé. (1 Sm 17.14)
d) Foi levantado na hora que Saul, pela sua desobediência já não tinha mais poder para enfrentar o inimigo. (1 Sm 17.19-24 – 17.10-16)
e) Era valente não era covarde. (1 Sm 17.32 – Jz 8.3)
f) Tinha experiência como o Senhor. (1 Sm 17.34-37)

2.2 – Davi identifica a Obra que Deus amou

a) Nas madrugadas. (1 Sm 17.20 – 29.10 – Pv 18.17)
b) Na consulta ao Senhor. (1 Cr 14.10, 14-15) Perguntar por causa do detalhe. Observe a segunda parte de 2 Cr 14.15.
c) Na busca do poder. Subida ao monte. (2 Sm 15.30) Acerto no monte antes das lutas era comum em Israel.
d) No quebrantamento. (2 Sm 15.30 - Sl 6.6 – Mt 5.4)
e) Na humildade. (2 Sm 15.30 – 2 Sm 16.11)
f) No clamor, na oração. (2 Sm 15.31b) “Aitofel símbolo do Inimigo”.
g) No Jejum. (Sl 119.164 – 109.24 – 85.13) SETE: Símbolo da perfeição.


2.3 – Obra de lutas e provas

a) Perseguições (2 Sm 17.1)
b) Acusações e calúnias (2 Sm 16.5-8)
c) Traições: Absalão seu filho (2 Sm 16.11 – 15.10-13)
Aitofel (2 Sm 15.31
d) Críticas (2 Sm 16.8) Simei (1 Cr 15.29) A mulher de Davi critica-o. Davi diante da arca, poder da palavra; vestido de linho, no Espírito; dançava glorificando ao Senhor.
e) Argumentos de Mical: Era um rei, homem de posição, estava indo ao ridículo, queria aparecer para outras mulheres. Por que críticas? Porque a sua mulher era a filha de Saul; e Simei tinha ciúme porque era da linhagem de Saul.
f) Humilhações (2 Sm16. 21-22 – 15.14) Temos que estar prontos para as provas. Em vão é o socorro do homem, (Sl 60.11). Ninguém levanta ninguém. Abateu-me até o chão, (Sl 143.3). Volvei filhos dos homens. Nesta Obra não podemos confiar em pessoas de recursos financeiros, políticos, intelectuais, políticos e sociais. SÓ PODEMOS CONFIAR NO SENHOR.

2.4 – Obra de Discernimento

Não estava na hora de entrar na família de Saul. (1 Sm 18.17-18)

2.5 – Obra onde o pecado não fica encoberto

a) Onde há sentimento e sofrimento pelo pecado. (2 Sm 12.12-19)
b) Deus é Santo e Sua Obra, antes de tudo é santa. Não fica impune. (V. 12)
c) O filho morrerá – o pecado não permanece por mais que se ama. (VS. 10 e 14)
d) Ao sétimo dia morreu a criança. Depois do acerto, do sofrimento, vem a bênção. (2 Sm 12.24)

2.6 – Obra de amor e perdão

Davi chora por seu filho desejando morrer em seu lugar. (2 Sm 1.17-27 - 18.33 – 19.23)

2.7 – Obra de respeito e consideração aos ungidos de Deus

“Não estenderei a minha mão contra o meu senhor, pois é o ungido do SENHOR”. 2 Samuel 24.10b
“Não toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal”.
1 Crônicas 16.22
Vemos que é o Senhor que trata com os seus ungidos. (1 Sm 24.12-15)

2.8 – Obra de prudência

Davi sempre se conduzia com prudência. (1 Sm 18.14)

2.9 – Obra de zelo pelas coisas do Senhor

Davi zelava pelas coisas do Senhor. (Sl 69.9 – 1 Cr 17.1 – 22.3)
“Maldito aquele que fizer a obra do SENHOR relaxadamente”. Jeremias 48.1
2.10 – Obra de glorificação e louvor

Davi glorifica a Deus com a sua vida. (1 Cr 29.10 – Sl 119.97 – 105.17 – 19.7)

2.11 – Obra de vitórias

a) Sobre a obra de Saul. (1 Cr 10.6-14 – 11.9)
b) Sobre a falsa obra de Absalão. (2 Sm 15.2-5)
Há sempre os descontentes que querem forjar um pastor melhor, uma igreja melhor, um presbitério melhor, à custa de uma ovelha pior. Ficam na espreita, prometendo, mentindo, adulando. É a falsa obra, criticam tudo. Nesta Obra (de Davi) ninguém precisa adular ninguém. O certo é que todos os que se levantam contra a Obra de Davi, morrem presos pelas suas próprias tranças (mente fértil para a vaidade), terminam derrotados no seu próprio animal (mulo). (1 Sm 18.9 -14 e 15)
c) Contra as nações em volta. (2 Sm 8) Contra as religiões. Religião é uma coisa, salvação, Evangelho, Poder de Deus, Autoridade do Espírito Santo e coisa bem diferente.

d) Contra os inimigos do reino. Rebanho do pai (Jessé), o urso que fala do falso irmão, na Obra ele é logo descoberto. Numa simples palavra (pela barba). O urso é próprio do lugar frio. O irmão que fala que é de Jesus, mas não dá bom testemunho, não vive na Sua Palavra, gosta de estar sempre na frente, em evidência; pela barba logo se conhece.
O leão, cuidado! O inimigo gosta de impressionar, pela aparência. (1 Pe 5.8)
Golias fala da carne (gigante) quarenta dias é simbólico. A carne é o último inimigo a ser vencido. Ela está exposta em todas as revistas, TVs, vitrines, computadores (Internet), ruas em todo os lugares.

2.12 - Obra para valentes

a) (1 Cr 11.10 – 2 Sm 17.8) Note-se que assim que Davi foi chamado pelo Senhor, uma jornada de lutas iniciava, (1 Sm 17.28b). Um dos maiores inimigos de Davi era Saul, (1 Sm 18.9 – 2 Sm 3.1). Apesar de grande perseguição de Saul, Davi tinha muitos simpatizantes que lhe confiavam tudo, da casa de Saul, (1 Sm 18.28)
Exemplo: Mical filha de Saul. O senhor era com Davi. Saul matou mil, Davi matou dez mil. Este foi o grito das mulheres. Isso fala do reconhecimento das igrejas.
b) A obra de Saul não gosta da obra de Davi, (1 Sm 18.11). A lança fala da palavra na carne, mas não consegue atingir Davi (pegou na parede) palavra sem poder. O contrário aconteceu com Davi, com a espada que fala da Palavra em suas mãos, cortou o manto de Saul, mas poupou a sua vida, porque esta Obra não é de homem, é do Senhor.
c) Apesar de toda a luta, Davi estava ligado à casa de Saul (Mical e Jônatas).
(1 Sm 18.19 e 19.1)
d) A amizade (amor) de Davi por Jônatas era tão grande que Davi dizia que era maior do que por vinho e por mulheres. (2 Sm 1.26) Davi queria dizer que mesmo que não tivesse o vinho que fala da comunhão no Espírito, ou não pertencesse (amasse) as mulheres que fala das igrejas (mesma igreja), continuavam amigos.
Ninguém precisava ficar como inimigo de Davi, Jônatas ficou e morreu com Saul e Davi caminhou para um lado diferente. Apesar das ligações, Davi não cedeu diante da vontade de Saul, mesmo sendo parentes.
“Aquele que não deixar pai...” (Lc 18.29).
e) A Obra de Davi deve estar sempre preparada para receber os inválidos da casa de Saul, Mefibosete. (2 Sm 9.3 comparar com Lc 14.21-23)
f) Na Obra de Davi lutamos com novas armas. “Porque as armas da nossa milícia não são carnais”. (2 Co 10.4 e Ef 6.12)

g) AS ARMAS DE DAVI (1 Sm 17.1-58)

1- O Cajado na mão fala da direção do Espírito Santo.
2- Roupa de pastor (campo) fala do ministério autêntico, s/ misturas, palavras eruditas com teologia
3- Sandálias nos pés fala da humildade – ministério simples.
4- O ribeiro de águas fala do Batismo com o ES. (poder)
5- Desceu ao ribeiro fala da renovação de poder, da cobertura do Espírito.
6- De joelhos é a melhor posição para apanhar os elementos ou as armas da vitória, fala da profundidade da bênção do Espírito. Nesta posição a água cobre melhor do que de pé.
7- A funda fala do poder do Espírito que atinge á distância. A palavra revelada atinge à distância.
8- Lugar certeiro. Na cabeça de Golias (fronte).
9- As cinco pedras do ribeiro fala dos meios de graça: Madrugada, Palavra Revelada, Jejum, Clamor e Oração. Também fala dos cinco ministérios (Ef 4.11).
10- Outras pedras fala dos recursos colocados dentro do alforge para garantir o ataque.
11- O Alforge fala do coração. Um coração cheio de fé, oração, clamor, jejum e glorificação. Quatro pedras está em condições de anunciar a Palavra, derrubar o inimigo e cortar-lhe a cabeça com a espada do Espírito.
12- Espada de dois gumes fala da Obra completa.

Nesta Obra, a luta contra Golias (a carne) não deve ser de perto. Ninguém precisa se agarrar com a carne para lutar contra ela. Mantenha-se longe dela e apresse-se em destruí-la. Davi atirou a pedra de longe. Depois da passagem pelo ribeiro se apresou para a luta e correu ao combate. (1 Sm 17.48) Somente na Obra de Davi há recursos para vencer a carne – GOLIAS. Quarenta dias desafiava Saul e seus exércitos e ninguém ia ao combate. Este grande inimigo não pode ser vencido com armas semelhantes a ele, Saul tinha exércitos, tinha roupas de guerra, escudo, espada, mas não entrou na luta porque sabia que sua derrota era certa. A obra de Saul tem todos os meios aparentes: organização, bens, nome, aparência, porém não tem autoridade, nem poder, nem coragem para lutar porque não pode, ou não sabe, ou não quer dobrar os seus joelhos no ribeiro para apanhar as pedras para lutar. Só no rio das águas vivas e na sua profundidade é que encontramos os elementos da vitória. A roupa de Saul é bonita, mas não serve para lutar.

O Senhor quer edificar o grande templo espiritual com os seus dons, na sabedoria gloriosa de Salomão que é tipo do Espírito Santo.
Os dons como pedras vivas. O material (dons) não pode ficar espalhado. Precisa ser juntado para ser colocado no seu devido lugar, através do Ministério do Espírito Santo. Só na Obra de Davi isto pode acontecer. (1 Rs 6) As medidas da edificação do Templo, são medidas do espírito, o homem não pode determinar, o “EU” não pode ter lugar.


Prepare-se e passe pelo rio, mergulhando para morte do homem e não se demore a tirar a pedra. Derrube o velho homem. Corte-lhe o pescoço, antes que Golias volte a se levantar e a mente volte a funcionar. A carne machucada quando levanta é um perigo. Tem que ser morta. (Cl 2.12)


RESUMO

Ø Vitória total sobre o inimigo.
Ø Material todo pronto para a edificação do templo espiritual.
Ø Paz, prosperidade, alegria, domínio total das riquezas do Espírito Santo.
Ø Tudo pronto para Salomão. Igreja pronta para o arrebatamento.

Muitos estão falando de Jesus. Mas salvação, vida eterna, está reservada para os que se santificarem.



MARANATA, ORA VEM SENHOR JESUS!

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